NA PONTA DA LÍNGUA
É uma criação em processo que investiga as múltiplas formas de presença que um corpo pode evocar, manifestar e compartilhar em cena. Palavra, som, memória e movimento se entrelaçam para compor paisagens sensoriais que escapam da lógica da representação, abrindo espaço para fabulações táteis e afetivas.
Sobre
Cristian Duarte em Companhia
Cristian Duarte é coreógrafo e artista da dança contemporânea, com mais de 20 anos de trajetória profissional. Formado pelo Estúdio e Cia Nova Dança (SP) e pela P .A.R.T.S. (Bruxelas), sua prática articula criação, formação e experimentação em dança por meio de projetos como APT?, DESABA, LOTE e Z0NA. Desde 2013, é artista residente da Casa do Povo, onde desenvolve plataformas que aproxima artistas e público em práticas transdisciplinares. Criador da Cristian Duarte em companhia, tem obras apresentadas em mais de 15 países, com colaborações para companhias como o Cullberg Ballet e o Balé da Cidade de São Paulo. Já recebeu prêmios como APCA e Denilto Gomes, e sua atuação educacional inclui passagens por instituições como DDSKS (Copenhagen), P .A.R.T.S. (Bruxelas), a plataforma SICW – Seoul International Choreography Workshop (Seul), DOCH/SKH – Stockholm University of the Arts (Estocolmo), UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal/BR) e a Arizona State University – ASU The Design School (Arizona/US).
Sua produção como coreógrafo é apresentada internacionalmente e tem sido reconhecida por importantes prêmios de dança no Brasil. A sua prática artística tem sido marcada pela criação de contextos para experimentação e formação em dança, junto de artistas que gostam, apoiam e promovem o trânsito entre as diversas áreas do conhecimento e linguagens artísticas.
Esta proposição inédita da criação com Cristian Duarte parte da Dançurbana, companhia de dança de Campo Grande com mais de 20 anos de trajetória em Mato Grosso do Sul. A companhia é formada por um elenco de 12 bailarinos de diferentes corporeidades e formações, com interesses múltiplos, que conjugam a dança com seus demais afazeres, como forma de viver de arte em uma região fora dos centros de circulação da produção cultural do Brasil. Cristian e Dançurbana tem em comum o desejo pela experimentação, pela construção de obras em coletivo, pela diversidade de corpos e corpas em ação, por uma ideia de dança que transborda os conceitos mais convencionais, em diálogo com as demais linguagens artísticas, como a música, as artes visuais e o audiovisual.
EM PROCESSO....
É uma criação em processo que investiga as múltiplas formas de presença que um corpo pode evocar, manifestar e compartilhar em cena. Palavra, som, memória e movimento se entrelaçam para compor paisagens sensoriais que escapam da lógica da representação, abrindo espaço para fabulações táteis e afetivas.
O uso do LoopStation — que acumula camadas de voz e ruído — permite ampliar o campo de escuta e percepção através do trânsito contínuo entre fala e gesto, onde voz e movimento se coimplicam na construção de atmosferas que vibram entre o íntimo e o coletivo.
Fundamentado na prática chamada riomar, o processo se ancora na modulação de tônus, na imaginação tátil e na ativação de repertórios pessoais e sensório-perceptivos. A ideia de “ficção química” atua como motor criativo: uma maneira de afetar e ser afetado, de acessar presenças porosas que escapam ao controle e convidam o público a entrar em um campo em constante transformação.
Essa dança é relacional, instável, e convoca artista e espectador a mergulharem em um estado de escuta expandida — onde cada escolha é um reencontro, e cada gesto, um “tchoi”: um entrelugar de chegada e partida, de encantamento e desvio
Cristian Duarte em companhia de Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Daniel Andrade, Jackeline Mourão, Lívia Lopes, Reginaldo Borges, Renata Leone, Roberta Siqueira, Rose Mendonça e Wagner Gomes
