VIDEODANÇAS
Assista! Nossas produções e pesquisas invadem a tela. Aqui, reunimos trabalhos de videodança – uma linguagem de arte que propõe sensações e movimento a partir da interação corpo, imagem e som, dança e vídeo, e muitos outros atravessamentos entre a dança e o audiovisual. Convidamos você para apertar o play e mergulhar nessas danças para a tela.
Uma dança continuada | 2021 | 8’07
Uma dança feita de muitas mãos, pés, cabeças, quadris, diálogos, escritas, olhares, festas e lutas. Dança do cerrado que aprende caminhando, cria autonomia e busca se mover aglomerando pessoas e desejos colaborativos. Dança urbana, contemporânea, para a rua, para o palco, para o ônibus, para o vídeo, para escutar e aproximar. Dança que conecta, desconecta, de muitos nomes e sobrenomes. Dança de muita gente. Gente que é companhia, parceria... É coletivo. Dança minha, sua, nossa, criada na hora, do agora. Dança inscrita na pele.
Uma dança continuada...
A Espera | 2020 | 5’
“A Espera” é uma videodança produzida em tempos de isolamento social, ela deriva de um projeto iniciado em dezembro de 2019, um duo, meu e da Renata Leoni, um desejo antigo de estarmos juntos em cena. A pesquisa desenvolvida no trabalho trata de como é, ora estar junto e ora estar separado, ser indivíduo e coletivo. Agora estamos separados como já estivemos em outros momentos durante o processo, e que essa distância, paradoxalmente nos aproxima, dá força um ao outro.
Agora nos resta esperar. Esperar tudo passar. Esperar é mover o que é possível mover.
ter esperança em
contar com
"e. um milagre"
não agir
não tomar decisões
não desistir de algo
[IN] | 2020 | 5’
Em meio a atual situação mundial, estar em casa impulsiona o reflexo além do espelho... O que te move?
Sentado, em pé, deitado, em trânsito no espaço, assistindo o deslocar do tempo e do corpo em uma sala “meio cheia”.
[IN] é estar dentro, dentro de casa, dentro da sala, dentro de si e do mundo ao qual pertenço, criando espaços para que o movimento se mostre.
Exodus | 2020 | 5’
Exodus, entre outros significados, se refere a movimentação de uma localidade para outra, tanto do espaço explorado, sendo ele limitado ou não, quanto da movimentação proposta, que transita entre algumas vertentes das danças urbanas.
Essa experimentação/improvisação é guiada por possibilidades de tempo, nível, intensidade, direções e vocabulário de movimentos gerando possíveis significados, ou não, para quem vê. Ou seja, é uma tentativa de estar sempre transitando entre um lugar e outro, mesmo sem sair de casa.
Banho de Sol | 2020 | 5’
Mais um dia em casa, é mais um pra conta, na soma de fatores que me fez me dar conta, da falta de liberdade que me obriga a fazer uma pausa.
Inspira,
expira
e calma... estamos reclusos e em-si-mesmados.
E citando palavras que nem existem, eu mal consigo olhar para fora mais, o olhar para o muro me parece necessário. Talvez porque assim, a gente se revire do avesso, se perca, se prenda e entenda, que liberdade é um processo. Um solitário processo.
Sob controle | 2020 | 5’
"Sob Controle” trabalha o cotidiano, explora a espacialidade, o indivíduo e o espaço, o questionamento é feito, o que acontece quando nada acontece? Quem controla o que? Os corpos estão em aleatório no espaço e o contato cria vínculos e se transforma em pontes, como também em ruídos de comunicação, o olhar é utilizado em cena para conectar e deixar claro que mesmo em fluxo o ato de observar pode ser uma ferramenta útil, o olhar captura o movimento, permeia o gestual e o acumula: repetidamente durante o espetáculo. O intérprete-criador experimenta, conecta e desconecta, executa repetições, as vezes insalubres, rende-se ao tênue do sano e insano, ele se move e comove-se.
Nu(m) corpo só | 2020 | 5’
Nu(m) Corpo surgiu através de uma provocação para a criação de um trabalho solo, partindo da pesquisa e sendo atravessada pelas questões do “Sagrado Feminino”, instigando-me a investigar a ancestralidade a partir de memórias de corpos femininos que resistem, geram, reagem e acolhem; num só corpo, numa só mulher.
Dançar as Fúrias | 2020 | 5’
A proposta em vídeo contempla fragmentos do espetáculo solo ‘Dançar as fúrias’ e performa a respeito das pessoalidades. Expõe-se. Corpo quer ser o que quiser. Quer despir-se de rótulos fechatives. Quer celebrar. Por sob as opressões sobreviver, viver, (re)existir. Algum corpo que festeja com o que restar.
Talvez seja isso | 2020 | 5’
Um processo inacabado que atinge a inquietude, a crítica, a curiosidade. Sobre se perder e alcançar limites e potencialidades. Sobre um corpo capaz de ser o que é: semelhança, singularidade, fragilidade. Investigando as fronteiras, expandindo-se, deixando a mostra as imperfeições. Um gosto de coisas que explodem, aparece e ressignificam. A interprete-criadora movimenta-se: PEQUENA/grande: FRÁGIL/ forte: selvagem buscadora/DELICADO SER. Uma tensão tão violenta que explode e rompe a resistência, Talvez FRÁGIL seja ser uma flor, talvez seja ser uma bomba. Talvez seja isso...
A pele de dentro | 2020 | 5’
Este é um pequeno recorte do trabalho solo da artista Ariane Nogueira. O trabalho é apresentado em formato de arena, onde a intérprete propõe uma dramaturgia da “descamação”. Explorando as matrizes corporais afro-brasileiras, com movimentos aterrados, sinuosos, mostrando a sensualidade dos quadris, a presença das escápulas, a flexão dos joelhos e os pés descalços.
De Passagem | 2015 | 2’56
Videodança criada para o espetáculo ‘De Passagem’ a partir da referência do video game.
Ficha técnica
Direção, captação e edição de vídeo: Vaca Azul - Helton Pérez e Hana Chaves
Co-direção: Paula Bueno
Intérpretes criadores: Adailson Dagher e Rose Mendonça
Ela (Moça) | 2013 | 4’19
Ela (moça) mergulha nos caminhos e descaminhos da menina-mulher. Elas são inocentes, puras, delicadas, modernas, independentes, cultas e audaciosas. Ela é moça - mulher. Mulher de todo gênero. Histérica, batalhadora, fresca, profissional, chata e inteligente. Elas são mulheres de diversas origens e de várias idades. ELA é mulher de tudo quanto é jeito. Mulher essa que passa por transições, fases, momentos, que só ela entende as transformações dessas mudanças. Não digo sobre as mulheres em geral, e é por isso que Ela não conta, não sente a necessidade de explicar, só sente a transformação como um movimento sem fim, como uma dança (...).
Ficha técnica
Concepção e produção: Livia Lopes
Intérprete criadora: Ariane Nogueira
Direção de fotografia: Cadu Modesto
Edição de imagem: Reginaldo Borges
Texto: Livia Lopes e Ralfer Campagna
Assistente de produção: Jackeline Mourão
Classificação Livre
Invisíveis | 2012 | 1’23
O que percebemos? O que não pode ser percebido? Invisíveis é o despertar para o outro, para a cidade, para o caos. Prédios, concreto, sensação, relação, estar no espaço, construir e habitar territórios. Entre corpos e muros, ruas e estátuas, o movimento e o pulso da vida persiste pelo encontro… Somos corpos despercebidos, lembrados uma hora ou outra pelo acaso.
Ficha técnica
Direção: Cadu Modesto
Intérpretes criadores: Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Irineu Júnior, Livia Lopes, Marcos Mattos, Maura Menezes, Nilton Otávio César, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges, Roger Pacheco, Rogger Castro, Rose Mendonça, Tamires Loena e Thiago Mendes.
Captação de vídeo: Cadu Modesto
Edição de vídeo: Reginaldo Borges
Texto: Ralfer Campagna
Dreamscing | 2011 | 8’53
Dançar sonhando, sonhar dançando... "dreamscing" é livrar-se de amarras, conduzir o real ao irreal, é ressignificar, é dar espaço ao desapego, é dar sentido ao sentir. Uma videodança que utiliza-se de fragmentos da dança de rua com uma abordagem contemporânea. Uma parceria entre Cadu Modesto e a Cia Dançurbana, propondo diálogos, troca de experiências e mais uma produção para a dança de Campo Grande/MS.
Ficha técnica
Concepção e direção: Cadu Modesto
Intérpretes criadores: Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Irineu Júnior, Livia Lopes, Marcos Mattos, Maura Menezes, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges, Roger Pacheco, Rogger Castro, Rose Mendonça, Tamires Loena e Thiago Mendes.
Captação, edição de vídeo e texto: Cadu Modesto